Asno Jurídico

No afã de consertar a justiça corrompida deste país, nosso herói Chapaulinho Despatrocinado acaba, por vezes, desferindo golpes de Marreta Biônica muito duros contra os pobres magistrados Vassalos Togados do Poder Corrompido.

Vejam essa aí: o SCCP terá de pagar o chamado “mecanismo de solidariedade” a um reclamante que ingressou com ação trabalhista há 11 anos contra seu ex-empregador, o Guarani Futebol Clube, por falta de pagamento de salários.

Não temos como saber detalhes, mas o caso parece ser mais um daqueles milhares de processos trabalhistas nos quais o reclamante ganha a ação mas não leva, pois o patrão não tem dinheiro pra pagar. E, “evidente”, o simpático clube campineiro tá mais quebrado que arroz de terceira, tanto é que está vendendo até o Brinco de Ouro pra pagar os espetos.

O advogado do Pichetti deve estar há ANOS feito um maluco tentando caçar dinheiro no combalido cofre bugrino, e não duvido que tenha conseguido sequestrar em favor do seu cliente diversos outros créditos. Esse aí do Alex foi só mais um.

Mas nada disso importa quando o dever de contar a “verdade” se alevanta na Chapaulândia, principalmente quando o advogado do jogador tem uma “ligação” com Neto.

Aliás, como anda criativo o periodista no estabelecimento de elos com o “Craque”, hein? O advogado do Pichetti patrocina mais de QUINHENTAS causas só no TRT de Campinas, mas deu o “azar” de ser o advogado do Paulo André.

Agora, vejam só uma coisa: seja para o Pichetti, seja para o GFC, o valor NÃO DEVERIA SER PAGO DE QUALQUER JEITO? O juiz não MANDOU pagar ao Pichetti? O Guarani não deve ao ex-jogador? Onde está a malandragem do SCCP? Ou ele acha que o juiz que deferiu a penhora do valor também está mancomunado com os Vassalos e irá receber parte da “taxinha”?

É o cúmulo da asnice jurídica.

——————————–

EM TEMPO: Enquanto estava aqui escrevendo o post, resolvi dar uma pesquisadinha básica e descobri um processo de Jaci Luis Pichetti ajuizado em face de Guarani F.C. (1453/1999 – TRT 15), e nele constam inúmeras penhoras de rendas de jogos do clube em 2008 (até o limite de 30% da renda bruta), que não foram suficientes para a satisfação integral do crédito do reclamante, do INSS, IR, honorários periciais e demais custas do processo. Determinou então o MM. Juiz que o exequente (Pichetti) desse lá seus pulos e arranjasse mais dinheiro do GFC para completar. Foi o que ele fez. Nada mais.